Pérolas na aula
- Não diga que conhece um vinho antes do seu 500º gole.
- Não diga que você não reconhece aromas. Seu nariz sabe perfeitamente entrar em estado de alerta quando o que está para ser ingerido pode colocar em risco sua saúde e, no limite, sua vida. Os aromas que identificam veneno são atávicos. Muito antes de classificar os bons temperos, o nariz sabe rejeitar que o cheiro de merda, o cheiro de podre, o cheiro de algo que pode fazer mal. O nariz é a porta do alerta.
- Um curso de 6 horas de duração pode servir para saber apenas uma coisa - se você está ou não interessado em começar a aprender.
- Bebendo um vinho, você não é capaz de identificar se é feito de uvas cuja planta tem folhas rugosas, cujo bago da uva é grande ou pequeno, cujo cacho é pleno ou apresenta falhas. Ou seja, beber é um ato que contém vários pontos-cegos.
- Todo bebedor de vinho deve periódica e regularmente render uma homenagem sincera aos chilenos, pois sem eles provavelmente estaríamos brindando com suco de uva americana, com um máximo 10% de álcool. É que a partir de 1864, até os primeiros anos de século XX, quem mandou na vitivinífera foi a filoxera!
- Depois de apresentar os vinhos do Velho Mundo e apresentar os vinhos do Novo Mundo, fica faltando apresentar os vinhos do Novo Mundo no Velho.
- Devemos brindar também os degustadores da década de 70 e 80 que transformaram aquela bebida do dia-a-dia e das ocasiões especialíssimas de nome VINHO - um produto que podia variar no mercado de R$5,00 a R$200,00 - em uma bebida cujo nome é VINHO, que invariavelmente custa ao menos 20 vezes do que deveria custar.
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