Articulando BR

Blog que trata, pela ordem, de vinho, comida, viagem, cinema, literatura, propaganda e política.

13/04/2010

Seja seu próprio guia na próxima feira

Ahahaha, quem é que não sabe visitar uma feira? Basta pagar e entrar e visitar, ora.
Mais ou menos, depende do que se quer desta visita.
Os que têm interesse comercial na visita não precisam deste blog para saber o que fazer, portanto estão automaticamente dispensados desta leitura.
Os que vão à feira na esperança de conseguir um encontro fortuito, a love at firs sight estão igualmente dispensados.
Os que vão porque querem prestigiar um determinado produtor, um parente, um amigo que acabou de ser contratado, uma namorada que pegou seu primeiro emprego num estande de vinho, também está dispensado.
Restam os outros que querem aproveitar a feira para saber o que há de bom e novo no mercado daquele determinado ramo da economia.
Agora é tempo de Expovinis, uma feira que exemplifica bem a musculatura crescente do negócio do vinho no Brasil.
A feira é grande, tem representantes de todos os países que, produtores, já fazem parte do negócio no Brasil.
Como pequeno importador, o Brasil até que não pára de crescer neste quesito, seja em variedade, seja em quantidade de hectolitros, seja em valores. E enquanto pequeno produtor também vai vem, diversificando sua área especializada de produção, melhorando a qualidade dos produtos através da compra de melhores brotos, através do conhecimento do solo e seu uso compatível, através de investimentos em instrumentos de vinificação, que vão do treinamento e reciclagem do pessoal em todas as fases até a aquisição e atualização dos equipamentos em todas as áreas.
Pois bem, uma Expovinis como uma Vinitaly ou uma feria dos produtores independentes de Paris precisam de roteiro e estudo para serem otimizadas, pois são tantas as ofertas que o normal é você se perder nelas.
Seja seu prórpio guia  - não perca tempo, porque a coisa é brava. O ideal é estudar todas as ofertas, toda a programação e definir - com certo rigor - tudo que vai fazer.
Eu, por exemplo, costumo eleger uma uva, Pinot Noir, por exemplo. Vou então aos estandes que oferecem degustação de franceses desta cepa, simplesmente porque minha expectativa é maior em relação a eles, mas também para renovar a referência internacional, que guia os enólogos do mundo inteiro.
Depois vou àqueles que tenho maiores expectativas e menor chance de degustar  fora de uma situação como esta.
Completo o giro daquela uva determinada, com grande rigor, não mudando o foco um segundo sequer.
Finalmente, se sobrar tempo e vontade, me perco, me rendo a qualquer subjetividade.